
Transformações organizacionais são inevitáveis em um mundo de inovação constante, novas tecnologias e Inteligência Artificial. Estudos da McKinsey mostram, no entanto, que muitas empresas deixam de alcançar plenamente seus objetivos por falta de engajamento das pessoas, desalinhamento cultural e ruídos na comunicação.
Como são as pessoas que sustentam as mudanças, torna-se fundamental investir em iniciativas que fortaleçam protagonismo, alinhamento e clareza. Nesse contexto, a atenção aos perfis comportamentais, sobretudo de quem chega à organização, é decisiva — recrutar certo desde o início evita desgastes futuros.
Compreender, portanto, como indivíduos percebem o ambiente de trabalho, tomam decisões em situações de pressão e reagem a transformações é essencial para estruturar equipes resilientes, capazes de se adaptar e prosperar em diferentes situações.
Existem diferentes mapeamentos que ajudam a compreender perfis — e hoje vamos destacar dois bastante utilizados: o DISC e o ITP. Já ouviu falar?”
No caso do DISC, o foco está em compreender estilos de comportamento distribuídos em quatro dimensões:
- Dominância (D): foco em resultados e decisões rápidas.
- Influência (I): comunicação, entusiasmo e capacidade de engajar.
- Estabilidade (S): colaboração, paciência e busca por segurança.
- Conformidade (C): atenção a normas, padrões e qualidade.
Já o ITP (Inventário de Tipos Psicológicos) investiga preferências cognitivas e psicológicas, considerando aspectos como sensação x intuição, pensamento x sentimento e julgamento x percepção. O modelo permite compreender não apenas como as pessoas decidem, mas também o que valorizam e como se posicionam diante de contextos de mudança.
Há alguns anos, a Interhunter utiliza o ITP justamente por sua aplicação mais estratégica, especialmente em cargos gerenciais — que são o nosso foco na Busca, Atração e Avaliação de talentos.
3 dicas práticas!
1. Observar em contextos de mudança
Situações críticas funcionam como um laboratório natural de comportamentos. Enquanto alguns lideram e tomam decisões rápidas, outros analisam cada detalhe antes de agir, e há também quem resista até entender o impacto na própria rotina.
Observar e documentar essas reações permite mapear perfis de forma estratégica.
2. Incentivar feedbacks
O olhar de colegas e líderes traz ângulos que dificilmente enxergamos sozinhos. Ao mesmo tempo, é indispensável: revisar papéis, ajustar times e redefinir competências para atravessar mudanças com alinhamento e engajamento.
3. Relacionar perfis à inovação e à cultura digital
Equipes diversas, que reúnem criatividade, análise, execução e colaboração, são mais capazes de inovar e se adaptar. Reconhecer e valorizar diferentes perfis ajuda a empresa a se preparar para os desafios de hoje e a construir vantagem competitiva para o futuro.
Afinal, o que é gestão de mudanças?
Trata-se do conjunto de práticas que permite planejar, conduzir e sustentar transformações.
Etapas comuns
- Avaliação da necessidade –identificar o problema ou oportunidade.
- Planejamento – definir objetivos, escopo, recursos e responsabilidades.
- Implementação – comunicar com clareza, treinar equipes e reduzir resistências.
- Revisão e ajustes – monitorar resultados e corrigir rotas.
Principais desafios
- Resistência cultural: quando o novo é percebido como ameaça.
- Falta de protagonismo da liderança: líderes que não incorporam a mudança minam a credibilidade.
- Comunicação insuficiente: abre espaço para ruídos e fofocas.
- Planos rígidos: ignorar a necessidade de ajustes leva ao fracasso.
Boas práticas que ajudam a superar esses riscos:
- Flexibilidade: planos precisam prever imprevistos e adaptações.
- Comunicação contínua: não basta anunciar; é preciso dialogar durante todo o processo.
- Gestão de resistências: identificar medos e envolver equipes reduzem a insegurança.
- Alinhamento cultural: valores da organização precisam sustentar o novo modelo.
- Metas realistas e vitórias: celebrar pequenas conquistas mantém motivação.



